O mercado de franquia – as tendências para 2013

O fraco desempenho da economia terá efeitos sobre as franquias? Em quais segmentos investir e quais as regiões mais atraentes para os negócios? As fusões e aquisições vão continuar? Como se preparar para uma eventual oferta? E o que os consumidores esperam? São muitos os questionamentos sobre o futuro do franchising no ano que se inicia.

O site Pequenas Empresas & Grandes Negócios ouviu Ricardo Camargo, presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF) para apontar as principais tendências do setor em 2013. 

Expansão moderada 
Por conta da economia morna, 2013 deve ser mais devagar para o setor de franchising no Brasil. A ABF calcula um crescimento de 15% para este ano, menos que os 16 % alcançados em 2012, quando o setor faturou R$ 104 bilhões. “Isso se o PIB crescer 3%, porque, se crescer menos…”, pondera Ricardo Camargo, diretor-executivo da entidade.

Mas a expansão menor não significa um cenário menos intenso. Como o aumento dos valores imobiliários arrefeceu, o número de unidades abertas deve aumentar 10%, enquanto o total de marcas atuando no mercado deve chegar a 2.200 até o fim de 2013. 
Interiorização 
O avanço rumo ao interior do Brasil não é novidade, mas deve seguir em 2013. Resultado da descentralizaçãoda economia e distribuição de renda em regiões mais pobres, o processo ganha força e mais franquias devem investir em cidades de médio porte do interior de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e nos estados da região do Sul.

Após o boom das capitais nordestinas, cidades do interior da Bahia e de Pernambuco também começam a atrair marcas. Em fronteiras agrícolas, a recuperação das safras no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul deve refletir no varejo. No Norte, destaque para Manaus (com dois shoppings para serem inaugurados) e o sul do Pará, onde cidades como Parauapebas e Marabá experimentam um desenvolvimento acelerado. A surpresa fica com Tocantins, estado mais novo do país que é um mercado pouquíssimo explorado pelo setor.

“No interior, há espaço para tipos de negócio que ainda não estão lá. Por isso, o franqueado tem que fazer uma pesquisa sobre o que já existe na cidade. O Boticário, por exemplo, está em grande parte das cidades do país”, afirma Camargo. 

Áreas promissoras 
Como de costume, segmentos tradicionais, como alimentação, vestuário, acessórios e calçados, continuarão como pilares do franchising. Mas o desenvolvimento no interior do Brasil impulsiona ainda mais segmentos relacionados ao turismo de negócios, com a abertura de novos hotéis e estabelecimentos indiretamente beneficiados.

Tudo que está relacionado à oferta de comodidade à população também deve crescer. Nisso, entram microfranquias que oferecem serviços domésticos, reforço escolar e cuidado de idosos. A presença maior de mulheres no mercado de trabalho e o consequente acesso à renda dão força para franquias da área de beleza.

Via Revista PGNE

Franqueado e franqueador – a satisfação na relação de franquia sempre está relacionada ao dinheiro

capa do livroNa minha atuação como consultora jurídica na área de franquia e varejo, pude constatar algumas questões interessantes sobre satisfação, e convido você, leitor, a observar com atenção as ideias que abaixo compartilho. O franqueador, muitas vezes, pensa que seu negócio é o melhor do mundo. Acha que tem o melhor contrato, o melhor produto. No entanto, ele precisa satisfazer o seu franqueado, o que é um desafio. Se iniciamos nossa reflexão lembrando da dificuldade de agradar a todos, imagine a realidade de uma rede com 300 franqueados!
Já o franqueado costuma achar que agrada o franqueador apenas pagando em dia as suas taxas. Se ele for medíocre em sua atuação, estagnar-se, negar-se a sair da área de conforto, certamente não satisfará o dono da rede.

Um fato é inegável: a satisfação na relação de franquia sempre está relacionada ao dinheiro, à rentabilidade. Quando o negócio é lucrativo, os problemas e a insatisfação pessoal se camuflam. Parece que todos ficam mais tolerantes.

O bolso é, sem dúvida, a parte mais sensível do relacionamento. Existem franqueadores que prestam serviços ínfimos à sua rede. Porém, se a rede está indo bem financeiramente, ninguém questiona a falta de assistência. Acompanhei casos de franqueadores que investem em treinamento, consultoria de campo e outras ações para o fortalecimento da rede. Mas é só o lucro cair ou o produto ou o serviço passarem por uma crise, que nada disso é valorizado.
Portanto, costumo aconselhar aos franqueadores que eliminem eventuais rusgas quando a rede estiver financeiramente saudável. A crise só faz com que as insatisfações aflorem e tudo fica mais complicado. No entanto, se servir de consolo, vale lembrar que nunca será possível agradar a todos os franqueados. E o franqueador precisa sempre estar preparado para isso.

Melitha Novoa Prado, trecho do livro ” Franchising – na alegria e na tristeza”

Cinco características de quem não tem o perfil de franqueado

A consultora diz que “não basta querer ser franqueado, é preciso ter perfil para ser um franqueado de sucesso”

Apesar do crescimento do setor de franquias no Brasil – que deve faturar cerca de R$ 105 bilhões este ano, não são todas as pessoas que podem ser franqueadas. Segundo a consultora e diretora da Novoa Prado , Melitha Novoa Prado, “não basta querer ser franqueado, é preciso ter perfil para ser um franqueado de sucesso”.

A consultora esclarece que existem perfis para assumir uma franquia. “Muitas redes ainda não dão a devida atenção a este processo, o mais importante de todos. E se o franqueador selecionou mal, vai ter problemas com toda a certeza”, adverte.

Executivo sem salário - trabalho

A consultora aponta cinco características que são fortes indicativos de que a pessoa analisada não tem o perfil para obter sucesso à frente de uma franquia:

  • “Não gosto de trabalhar com alimentação e muito menos aos finais de semana. Mas quero uma franquia desta marca porque ela dá bastante lucro”

Segundo Melitha, todo franqueado, necessariamente, precisa identificar-se com o negócio. “Imagine como será complicada a vida deste franqueado se ele não estiver fazendo o que gosta? Há tantas opções no sistema que não há a mínina necessidade de investir em algo que não desperta prazer”.

Para ela, outro erro do franqueado é achar que ele não precisa dedicar-se ao trabalho. Ainda que ele tenha gerentes e uma equipe afinada, nada substitui a sua presença e dedicação ao negócio. Há marcas, inclusive, que exigem dedicação integral ou até mesmo exclusiva do franqueado no negócio.

A consultora lembra que franquia, ainda que seja de uma marca famosa e cobiçada, não é garantia de lucro e é preciso trabalhar muito e cuidar com bastante profissionalismo para que ela seja efetivamente rentável.

  • “Na minha loja, vou fazer o que acho que é certo. A franqueadora não pode me impor nada”

A consultora lembra que o franchising brasileiro é regido por lei. A lei já normatiza a relação entre franqueador e franqueado – o que ambos podem ou não fazer. “E franquia é seguir padrão”. Portanto, quem não gosta de seguir regras ou padrões pré-estabelecidos não pode ser franqueado.

Obviamente, franqueados podem e devem participar da gestão – marcando presença nas reuniões de franqueados, convenções ou Conselho de Franqueados, que são espaços legítimos para exposição e troca de ideias. Isso é completamente diferente de fazer o que quiser só porque é dono daquela franquia.

  • “Gosto de trabalhar sozinho; não tenho paciência com as pessoas”

Melitha afirma que quem não gosta de pessoas não pode ser franqueado e nem franqueador. Franquia é rede que é composta por pessoas, e o franqueado para ter bons resultados, precisa muito de sua equipe.

A consultora alerta que é necessário treiná-la, motivá-la e mantê-la unida, em torno do mesmo objetivo, para que todos se sintam bem trabalhando.“Impacientes e intolerantes, vale o aviso: passem longe das franquias!”

  • “Quero uma franquia porque já vem tudo testado, mastigado mesmo. Não preciso fazer muito esforço, só seguir direitinho o que a franqueadora pede”

Segundo Melitha é um dos maiores enganos cometidos por franqueados que não deram certo. Uma marca forte, um bom franqueador, uma consultoria de campo impecável, os melhores treinamentos, produtos e serviços de qualidade não são garantia de sucesso. “Quem faz a diferença é o franqueado.”

O franqueado tem muito trabalho. Se ele tiver tudo o que foi citado anteriormente, já entra no mercado com uma vantagem enorme. Mas, no ponto de venda, ele é que tem de mostrar todo seu talento, sem poupar esforço, para ter sucesso.

  • “Todo mundo diz que ter esta franquia é legal, dá status. Não sei … Vamos ver no que dá”

A franquia precisa ser um projeto de vida – não algo para fazer bonito entre os amigos. Muitas vezes, nela vai o dinheiro de uma vida inteira. A franquia precisa ser uma escolha consciente, feita após muita análise e nunca por impulso ou motivações fúteis e descabidas.

Fonte: InfoMoney – por Edilaine Felix

Segundo pesquisa, mais de 70% dos brasileiros são fiéis às marcas

Conclusão é da base de dados do Target Group Index – estudo single source do IBOPE Media, que também avaliou o comportamento dos consumidores na internet

Mais de 70% dos consumidores com 18 anos ou mais mantém fidelidade às marcas. Os dados fazem parte da base de dados do Target Group Index – estudo single source do IBOPE Media sobre consumo de mídia, produtos, serviços, estilo de vida e características sociodemográficas.

Segundo a pesquisa, 58% dos brasileiros afirmam que marcas conhecidas são melhores, considerando status como sinônimo de qualidade, 72% dos entrevistados são fiéis às suas marcas e 66% buscam por elas nas embalagens. No que diz respeito ao comportamento do consumidor na internet, 51% afirmam que podem fornecer muita informação sobre algum tipo de produto, 41% conversam com muitas pessoas diferentes sobre diversos itens e 33% acham muito provável conseguir convencer outros indivíduos com suas opiniões.

Via: Mundo do Marketing

Franquias virtuais são opções de negócio de baixo custo

Segundo o último relatório Webshoppers, realizado pela e-bit com o apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o total das vendas online do país chegou a R$ 10,2 bilhões no primeiro semestre deste ano. É um valor 20% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. Com mais de 36 milhões de e-consumidores, as franquias virtuais despontam como uma nova tendência de franchising, de olho nesse público que cresce ano após ano.
Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), atualmente existem 12 franquias cadastradas operando no país sem a necessidade de lojas físicas. A variedade de serviços oferecidos por esse tipo de rede é grande, como vendas de soluções em estratégia demarketing digital, serviços de consultoria variados, oferta de emprego e venda de produtos eletrônicos.
Seguindo as mesmas regras das redes tradicionais, a franqueadora virtual também deve obedecer aos parâmetros da Lei de Franchising (8.955/94), bem como às práticas de mercado atuais na sua concessão e gestão. A principal diferença, porém, está nos custos iniciais, que são inferiores aos investimentos de uma franquia física, já que não é necessário alugar um estabelecimento comercial ou manter uma grande equipe de colaboradores. “As franquias comuns requerem um alto valor de investimento, enquanto as virtuais precisam apenas de um capital que gira em torno de R$ 20 mil ou menos”, afirma Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF.
Baixo custo de investimento, possibilidade de retorno rápido e um mercado que fatura bilhões de reais anualmente. Falando assim, esse modelo de negócio se torna tentador aos olhos de novos empreendedores. No entanto, tornar-se um franqueado desse tipo requer cuidados. É imprescindível que os interessados pesquisem e questionem o tipo de suporte oferecido pelos franqueadores. “Os cuidados e os riscos para se tornar um franqueado virtual são os mesmos que em qualquer outro tipo de franquia, por isso é essencial que o interessado tenha todos os detalhes necessários que os auxiliem em sua tomada de decisão”, diz a advogada Melitha Novoa Prado.
Os franqueados virtuais precisam estar atentos a como se dará a transferência de know-how para que os novos empreendedores não comecem a trabalhar “no escuro”. Afinal de contas, uma vez que elas não possuem sedes físicas, presume-se que todo o treinamento será oferecido online, certo? Nem sempre.
No caso das franquias virtuais, cabe a cada franqueador ficar encarregado de como funcionará esse processo. Em casos onde não existem lojas físicas, o franqueador precisa organizar uma forma para que o franqueado comece a trabalhar com o mínimo de conhecimento das ferramentas e das estratégias de crescimento. “Nem que isso resulte em um encontro entre ambos em algum lugar comum”, diz Camargo, mostrando que os novos sócios não precisam ficar restritos aos meios digitais.
Outra dica para fazer uma boa escolha é conversar com membros da mesma rede. “O novo franqueado virtual tem liberdade de conversar com os outros franqueados da rede e acesso a todo know-how e tecnologia estabelecido pelo franqueador, através de processos e ferramentas desenvolvidos pela rede”, afirma Melitha.
A advogada ressalta também que os franqueadores têm a responsabilidade de escolher bons parceiros. “O franqueador deve estar atento a todas as inovações de mercado e selecionar muito bem os seus franqueados. Constituir uma rede de franquia no segmento digital é uma coisa ainda muito nova, que carece de experiência prática para que, então, possam ser criados novos conceitos.”
O perfil do franqueado virtual
Afinidade com ferramentas de marketing online para ajudar na divulgação de seu novo empreendimento é uma das principais qualidades que os interessados devem ter. “O negócio tem mais chances de emplacar nas mãos de pessoas que possuem um conhecimento mais técnico e profissional dos recursos tecnológicos”, diz Camargo. As qualificações ainda incluem o perfil de um empreendedor arrojado, que não tenha medo de enfrentar novos desafios e esteja capacitado para trabalhar em um segmento dinâmico, que se renova e inova a todo o momento. É por isso que a maioria dos interessados em se tornar um franqueado virtual é formada por jovens universitários já familiarizados com as novas tecnologias
Via Portal da PEGN – Por Alexandre Finelli

Microfranquia e franquia virtual exigem cautela

O sistema de franchising é considerado uma excelente maneira de fazer um negócio já testado e de sucesso crescer. Prova disso são as redes consolidadas, que se mantêm por muitos anos, inovando e em contínua evolução, já sendo comandadas pela terceira geração de franqueados.

“Em quase 30 anos de franchising no Brasil, muitas novidades vieram para ficar e outras ainda surgirão, mas é preciso olhar com cautela para tudo o que surge, seja inovador ou releitura de negócios já existentes”, avalia Melitha Novoa Prado, consultora em relacionamento de redes.

Segundo ela, as franquias virtuais e as microfranquias, que estão atraindo um número considerável de investidores, merecem atenção especial. “São negócios de baixo investimento, mas que precisam ser analisados com o mesmo cuidado que qualquer franquia.”

A consultora lembra que é fundamental que a marca esteja praticando o franchising dentro da lei 8.955/94, que rege o sistema de franquias no Brasil, seja associada à Associação Brasileira de Franchising (ABF), tenha toda a documentação, como a Circular de Oferta de Franquia, Pré-Contrato e Contrato de Franquia e ofereça consultoria de campo, treinamento e manuais.

Para ela, o investidor também precisa ficar atento aos números divulgados e, principalmente, à proporcionalidade do investimento versus lucratividade. “Ninguém pode esperar que se invistam R$ 10 mil e se lucrem outros R$ 10 mil mensais. Não existe nenhum investimento que dê 100% de rendimento, tudo é proporcional”. Melitha diz que, quando o investimento é baixo, a tendência é o investidor ser menos criterioso, já que acredita que, “se perder, perde pouco”. “Isso é um erro. Ninguém perde muito ou pouco, não se pode entrar num negócio para perder, mas, sim, para crescer junto com o franqueador”.

Tomando todos os cuidados e trabalhando com empenho, certamente a microfranquia ou a franquia virtual podem ser um bom negócio. “São novas modalidades que, havendo transparência e boa comunicação entre as partes, têm chance de ser um sucesso”, finaliza Melitha.

Franquia para casais – Consultoria Novoa Prado dá o caminho das pedras

Casais que escolheram as franquias para empreender juntos contam suas estratégias de sucesso. Consultores dão as dicas para não deixar azedar nenhuma das relações

Enquanto alguns casais não conseguem nem imaginar a possibilidade de trabalhar juntos, muito menos estar à frente do mesmo negócio, outros encontram na dinâmica da relação a dois e na combinação de talentos e gostos, que podem até ser distintos, ingredientes preciosos para impulsioná-los ao sucesso. É o caso de marido e mulher que decidem empreender juntos e elegem abrir uma franquia, um tipo de negócio que, pelas próprias características, seduz com a segurança de um casamento perfeito, entre o knowhow (do franqueador) e o perfil (do franqueado).

Mas, como em qualquer outro negócio, não existe fórmula garantida de sucesso com franquias. Marido e mulher, por mais “casal 20″ que sejam, devem estar preparados tanto para o fracasso, quanto para o sucesso. A relação pode azedar caso a franquia não decole, o que é compreensível, e é mais fácil para o casal se precaver contra essa possibilidade tendo um plano B na manga. O que poucos conseguem antever é que o sucesso estrondoso nos negócios também pode custar o fim do casamento. O equilíbrio, portanto, deve ser perfeito, porque são as mesmas pessoas no comando em casa e nos negócios. É bom que o capital emocional do casal esteja no azul, ele pode ser mais valioso que o dinheiro em espécie.

Franquias a dois

Uma das principais vantagens das franquias para os casais é que o negócio tem mais chances de dar dar certo. “A taxa de fechamento de franquias varia entre 1% e 2% ao ano, enquanto que, em outros tipos de negócios, essa taxa fica em 22%”, diz Ricardo Camargo, diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF). “As linhas de financiamento também são muito mais disponíveis e têm juros inferiores aos demais praticados no mercado, até pelo baixo risco do negócio”, continua Camargo.

“O casal também terá suporte do franqueador para abrir o negócio e o processo é muito mais ágil, não tem toda a burocracia de outros tipos de negócio próprio”, assinala o diretor da ABF. “Só aí já tem um ganho de capital considerável”. A escolha do ponto comercial mais adequado ao negócio será feita com ajuda do franqueador, que também já possui um marketing robusto e toda uma estrutura de treinamento. Tudo isso diminui consideravelmente os riscos do casal empreendedor que escolhe as franquias.

Como os dois estão à frente da franquia e o sucesso é compartilhado, também não há desigualdades de carreira ou salariais para colocar um elefante branco no meio da sala do casal. “A divisão do sucesso, que é dos dois, ajuda o negócio a crescer muito e ainda favorece a relação”, comenta Camargo.

Segundo o diretor da ABF, grande parte dos casais à frente de uma franquia possui mais de uma unidade. “Sinal de que o negócio administrado a dois vai bem”, assinala. Quando o marido ou a mulher começa só, é comum que o outro cônjuge acabe se envolvendo ou deixe o emprego para embarcar de vez na franquia. E há também os casais que continuam em seus empregos ao mesmo tempo em que se tornam empreendedores no setor de franquias.

Cada um na sua

Seja qual for a situação, as tarefas devem ser bem divididas para que um não interfira na seara do outro e não haja conflitos entre as responsabilidades de cada um. “Às vezes, esses conflitos não chegam ao franqueador a tempo e isso pode ameaçar o sucesso da franquia”, adverte Cristina de Paula, especialista em franquias e varejo da Novoa Prado Consultoria.

A divisão de tarefas não causou problemas para o casal Nanci e Cláudio Miranda, embora ambos sejam contadores. “Eu cuido mais da parte administrativa. Ele, de operacional e equipe”, conta Nanci. “Eu me identifico muito com a área e gosto de lidar com investimentos”.

Nanci e Cláudio são donos de duas franquias da MegaMatte no Rio de Janeiro. Ela começou o negócio e ele embarcou depois — o marido ainda mantém outro emprego como contador. Para Nanci, as franquias melhoraram a vida do casal e a parceria também trouxe benefícios para os negócios: “É bom dividir o trabalho com quem você tem intimidade, temos uma liberdade grande para conversar”.

A enfermeira Clarísia Gusmão Tigre e o bioquímico Gildásio Cairo Neto continuam trabalhando em suas profissões e têm um bebê na família. Mas é justamente o fato de tocarem uma franquia a dois que permite ao casal ter sucesso na Prima Clean que possuem em Vitória da Conquista, na Bahia.

“Só dá certo porque estamos os dois juntos. Claro que, para o negócio prosperar, temos de nos fazer presentes, mas a tecnologia ajuda. Sabemos que nossa função é gerenciar e ter uma equipe confiável é fundamental. Não adianta querer fazer tudo, tem que fazer bem-feito, otimizando o tempo”, ensina Gildásio. “O profissionalismo independe de sermos casados. Mas o afeto que nos une faz com que o negócio tenha mais sucesso”.

Papéis em seu lugar

Além de áreas de comando bem demarcadas na franquia, o casal também deve fazer o que o diretor do Instiad, Luiz Cláudio Binato, chama de “plano de papéis”. O seleto ingrediente preventivo pode evitar que marido e mulher sofram uma espécie de efeito rebote por causa do sucesso financeiro do casal. Se o casal estiver ciente dos seus papéis e responsabilidades, vai ser mais difícil chegar a uma situação em que os negócios vão bem, mas o casamento vai mal — e, se acontecer, pode evitar que o casal coloque a franquia em risco.

“Homem e mulher desempenham vários papéis. A mulher é mãe, esposa, sócia e executiva. O homem é pai, marido, sócio e executivo. Então, proponho aos casais que, além de terem um plano de negócios, tenham um plano de papéis, saibam que papéis eles desempenham, porque os comportamentos, crenças e valores tendem a ser diferentes no desempenho desses papéis”, explica Binato.

“É muito comum as pessoas trocarem os papéis, pensar como pai na empresa ou agir como marido no ambiente de negócios, e é isso que deteriora as relações”, ressalta o estrategista em negócios. “Mas se o casal se antecipa com um plano de papéis e souber as responsabilidades esperadas de cada um, fica mais difícil de as relações se deteriorarem”.

Segundo Binato, se o casamento, seja por que motivo for, estiver passando por problemas, eles não vão afetar tão drasticamente os negócios do casal se cada um tiver ciência de seus papéis na franquia: “Conheço casais que se separaram, mas mantiveram a sociedade porque os negócios iam bem, e depois acabaram até reatando”.

Equilíbrio e flexibilidade

O sucesso do casal Fernando Bamberg e Laura Milano demonstra que eles têm habilidade ímpar para separar as expectativas e responsabilidades em casa e nos negócios. Nas franquias da Trópico, marca de surfwear, que possuem no Rio Grande do Sul, eles também se dedicam a áreas distintas. “Ela cuida de Recursos Humanos e contas a pagar e receber. Eu cuido da parte operacional e estratégica do negócio”, conta Fernando.

Laura e Fernando decidiram empreender juntos quando ela engravidou do primeiro bebê do casal. Ambos tinham carreiras e empregos estáveis. Ela, em um grande banco. Ele, em uma grande rede varejista. “A gente queria algo flexível para ter mais tempo com o bebê”, lembra Fernando. O negócio deu tão certo que no curto espaço de um ano eles já tinham quatro unidades de franquia da Trópico.

Um mês depois que abriram a primeira loja, na cidade de Canoas, nasceu o bebê. Naquele mesmo mês, dezembro de 2010, abriram a segunda franquia, em São Leopoldo, ao surgir uma boa oportunidade de compra. Laura estava de licença maternidade e ele ainda mantinha seu emprego. Em fevereiro de 2011, ambos decidiram pedir demissão para se dedicar em tempo integral às franquias. Em abril e dezembro, abriram as outras duas lojas, em Torres e Novo Hamburgo.

“Já tínhamos um planejamento financeiro muito seguro para abrir uma loja”, lembra Fernando. “Mas a gente se identificou muito com o franqueador e o modelo de negócios e, em pouco tempo, vimos que tinha ganhos”. Fernando ressalta que o casal foi motivado a expandir os negócios em tão pouco tempo pela identificação com a marca e boas oportunidades de compra e de ganhos. Tanto que não hesitou em ir atrás de recursos para financiar essa expansão. Em casa, a família também aumentou com a chegada do segundo bebê.

“Temos 18 funcionários. Nós trabalhamos mais agora, só que trabalhamos como e quando a gente quer”, conta Fernando. “Consigo flexibilizar minha dedicação aos negócios de acordo com as necessidades pessoais. A família vem em primeiro lugar e o trabalho é o nosso suporte para a gente ter a vida que sempre quisemos ter”, comemora. “Pego meu filho na escola, posso planejar uma viagem com a família toda fora de temporada. Esse é o ganho principal, a qualidade de vida, de modo que fique bom para a gente e para o negócio”.

Sinergia e conflitos

A consultora da Novoa Prado explica que não é o sistema de franchising em si que faz o sucesso do negócio quando marido e mulher estão no comando, mas, sim, como a dinâmica do casal contribui para impulsioná-lo, uma combinação que deu mais do que certo no caso de Laura e Fernando, que conseguem conciliar as responsabilidades de uma jovem família com os novos negócios em expansão.

“Não adianta um ter o perfil adequado para a franquia e o outro não, e isso já vai aparecer na hora de passar pelo processo de seleção do franqueador. Ambos têm que ter uma sinergia e habilidades que se complementam, até para poderem trabalhar bem juntos”, diz Cristina. “É a sinergia no trabalho e o profissionalismo dos dois que vão alavancar a franquia”.

Mesmo com uma boa dinâmica nos negócios, nenhum casal está imune às divergências só porque está vestindo seus “trajes business”. Em casa, as decisões podem até ser mais passionais e emocionais. Já nos negócios, marido e mulher terão de solucionar impasses sem prejudicar a franquia e sem que um fique de cara amarrada com o outro pelo resto da semana.

“A principal dificuldade é a relação marido e mulher, de confronto de duas áreas, de duas pessoas diferentes”, atesta Fernando. “Quero contratar mais gente e o RH, que é minha mulher, não deixa. Isso pode ser levado para casa depois do expediente”, comenta. “Mesmo assim, a gente gerencia esses conflitos, aí entra o consenso, porque nós dois já convivemos há muito tempo e o objetivo é um só, o sucesso da empresa”.

“Pontos de vista distintos sobre qualquer assunto acontecem em qualquer empresa”, comenta a especialista da Novoa Prado. “O casal tem que ter discernimento para agir em favor da franquia, pensando no que é melhor para os negócios”, ressalta Cristina. “Tem que deixar o orgulho de marido e mulher de lado e favorecer sempre o negócio”.

Camargo concorda, e ressalta a ideia do sucesso compartilhado para ajudar o casal a manter o foco no benefício mútuo e não pensar no individual na hora de tomar decisões de negócios. “Discussões entre sócios são normais. Mas se a mulher é ciumenta e o marido é responsável pela contratação, pode provocar uma briga de casal”, comenta o diretor da ABF. “O casal tem que ter ciência que tem de administrar essas relações em favor do sucesso do negócio”.

Caio de Almeida Cunha é master-franqueado Brasil da WSI. Ele e a mulher, Ana Luiza, apostaram na parceria para empreender no setor de franquias no retorno ao País, depois de três anos nos Estados Unidos. “Mesmo que, às vezes, tenhamos opiniões diferentes sobre o negócio, chegamos sempre a um denominador comum”, conta Ana Luiza. “A grande vantagem de trabalhar com o marido é a confiança mútua que temos. É poder ser 100% aberta com o outro, sem medo de ser mal-interpretada”.

Finanças

Outro ponto importante, observa Cristina, é separar as finanças pessoais das finanças da empresa. “Em qualquer franquia, o franqueado tem o hábito de misturar as contas da pessoa física com as da pessoa jurídica e isso não é uma cultura bacana para os negócios, tem que separar e administrar isoladamente”, orienta a consultora.

Essa demarcação é ainda mais fundamental para o casal empreendedor, porque a franquia será sua única fonte de renda. “Se a franquia não engrenar no prazo que eles esperam, vai faltar dinheiro dentro de casa”, ressalta Cristina. “Por isso, o casal tem que demarcar as finanças e ter uma reserva para as contas pessoais e outra para o capital de giro da franquia”.

Ter essa disciplina é tão importante quanto a confiança que um deposita no outro quando o assunto é dinheiro. Grande parte dos casais se sente mais seguro sabendo que é o marido ou a mulher quem está cuidando do dinheiro, mas não se pode misturar os desejos do casal com as necessidades do negócio e colocar tudo na mesma conta. Tudo a seu tempo, recomendam os especialistas, até que o investimento comece a ter retorno.

O mesmo horizonte

Assim como a vida conjugal não deve interferir na empresa, também os negócios não devem invadir a vida do casal. A tentação de trabalhar além da conta, principalmente no início da franquia, pode ser grande, mas deve ser evitada para não atrapalhar a relação. É claro que, como casal, nada impede que levem assuntos do trabalho para casa, desde que não passem da medida — se a vida íntima ou o lazer dos filhos começarem a sofrer, é um bom sinal para pisar no freio.

“Ser casado e trabalhar junto é como se dois gerentes convivessem 24 horas por dia falando do negócio”, conta Fernando. “Temos que nos policiar para não falar só sobre trabalho. Então, a gente estabelece um limite como em um emprego normal, às vezes até um pouco mais tarde porque estamos trabalhando para nós mesmos”.

Embora consigam equilibrar tão bem as franquias e a vida pessoal, Fernando e Laura admitem o receio de que os negócios possam predominar sobre a vida pessoal do casal. Mas também lidam com essa possibilidade de forma bem prática. “A gente prometeu tratar do negócio como um meio para atingir objetivos pessoais, estando presente para os filhos e mantendo nosso padrão de vida”, explica Fernando. “E se eu tenho carga horário para o chefe, tenho que ter para mim mesmo”.

Felizes nos negócios e no amor, o casal gaúcho celebra os frutos da dupla parceria. “O fato de administrarmos as franquias a dois é um dos fatores de sucesso porque nosso objetivo é o mesmo: ter resultado financeiro com a qualidade de vida que a gente buscava”.

Via Site Franquia Ideal

Tendência: Internacionalização de Franquias

Por Larissa Magalhães

O Brasil ocupa, atualmente, o 4º (quarto) lugar no ranking mundial de países com maior número de franquias e o 1º (primeiro) na América Latina. Este mercado é predominantemente composto por empresas nacionais, e, com a solidificação desse setor, aumentam-se os casos de franquias nacionais que procuram a internacionalização. Por certo, o processo de internacionalização de franquias ainda está em fase de crescimento no país, porém, este mercado cresce cada vez mais.

A internacionalização permite à Rede de Franquia uma rápida expansão e pode ser um excelente negócio à Franqueadora. Contudo, o tal forma de expansão deve ocorrer de forma planejada, consciente e como o domínio das regras e usos do comércio exterior. Caso contrário, a atuação internacional e as vendas podem representar um prejuízo e uma péssima experiência às empresas.

Este planejamento reduz ao mínimo as decisões irracionais perante os imprevistos, bem como os conflitos ao redor do objetivo do qual a empresa quer se dirigir ebaseia-se na análise de mercado, ou seja, em síntese: (i) no estudo da concorrência ou dos mercados não explorados; (ii) no estudo dos potenciais clientes e dos pontos fracos e fortes do mercado ainda inexplorado; (iii) na elaboração da estratégia e dos objetivos e (iv) no estudo do idioma e normatização do lugar que se pretende migrar. É importante, ainda,verificar-se os usos e costumes do local onde se pretende expandir; muitas vezes, o produto ou o serviço comercializado pela Rede de Franquia não é “adaptável” ao mercado internacional.

Frisa-se que, no franshising internacional, há barreiras específicas, como a barreira econômica, uma vez que uma empresa controlada que é aberta em um país estrangeiro torna-se um investimento onde o franqueador repassa a maior parte dos investimentos para o Máster Franqueado que implantará o sistema em um país. Há também a barreira política/fiscal, pois os lucros têm sido o grande empecilho ao investimento estrangeiro, pois mesmo que haja grande circulação neste sentido, existem as restrições futuras, pois o Máster Franqueado terá que encaminhar royalties à Franqueadora, sendo a parte menor que a total dos lucros, onde é preciso ter o empenho de ajustar os valores relativamente baixos para a manutenção do negócio.

Como se percebe, a internacionalização de uma Franquia não é simples, necessitando de planejamento, estrutura e visão. Assim, conclui-se que não há expansão, menos ainda em âmbito internacional, sem definir as expectativas de acordo com as respostas às seguintes perguntas que devem ser feitas pela Franqueadora, detentora da Marca e do know how: (1) Onde estou? (2) Onde quero ir? (3) Como chegar?

* As informações disponibilizadas neste artigo são meramente informativas, não constituindo um parecer ou, ainda, uma opinião legal. Para casos específicos, é desaconselhável ao leitor o uso sem uma prévia orientação de um advogado. Este artigo apenas poderá ser reproduzido, no todo ou em parte, desde que a sua fonte seja citada.

Perfil para ser um Franqueado – Saiba se você tem

 

Cumprir regras e padrões, trabalhar aos finais de semana e feriados, ter talento para o empreendedorismo e habilidade para se comunicar. Essas são algumas das características que um franqueado (aquele que utiliza uma marca e os conhecimentos técnicos do franqueador para atividade comercial) deve possuir, segundo a consultora jurídica especialista em varejo e franchising Melitha Novoa Prado.
A consultora contou que a pessoa que está pensando em seguir neste ramo deve, além de ter o perfil indicado, informar-se muito sobre o assunto. “Primeiro passo: comprar livros, fazer um curso na ABF [Associação Brasileira de Franchising] e ler matérias na internet. Assim, você descobre se o franchising está realmente dentro de você. Se isso não é feito antes, o risco é que o indivíduo acabe se frustrando demais”.

Outro passo importante é escolher o segmento que mais combine com você: alimentação, serviços, hotelaria e turismo, saúde etc. A consultora indicou que a pessoa entre em dois ou três processos de seleção do setor escolhido. “Esse tipo de informação pode ser encontrado no site e no guia da ABF, além de outros guias nas bancas”, indicou.

Via Band.com.br

Vantagens e desvantagens

Segundo a especialista, a franquia pode dar uma série de vantagens. “Você adquire conhecimento, tem direito a um treinamento da empresa e utiliza uma marca já conhecida. O franqueador te passa muito conhecimento também”.

Por outro lado, há suas desvantagens: “a pessoa tem que estar ciente de que ela deve seguir um padrão da franquia. Você não pode sair mudando o estilo da empresa. É necessário que ela aceite isso no seu dia a dia”, explicou.

Cuidados

Os cuidados também são grandes. De acordo com Prado, é preciso primeiro fazer um estudo da realidade financeira.  “O franqueado deve procurar se informar sobre a idoneidade do franqueador, se ele tem bons relacionamentos, e ainda deve conhecer a documentação jurídica dele”.

“É interessante também que se converse com os outros franqueados da rede. Isso é bom para ter uma visão da parte subjetiva do dono da empresa, além do que se vê no papel. Assim, você descobre o seu comportamento”, finalizou a especialista.

De acordo com ela, o mercado de franquia está mais amadurecido, com pessoas tendo mais dinheiro para investir, mas, com isso, vem a banalização e muitas pessoas despreparadas para lidar com os esforços que o segmento exige. “Tem muita gente desinformada vendendo franquia, muitos sem consultores sem gabarito para ajudar. Esse é outro ponto no qual se deve tomar um cuidado maior”.

Setor promissor

“Com a classe C crescendo e as mulheres mais presentes no mercado de trabalho, elas se dão ao luxo de contratar uma lavanderia, por exemplo. Por isso o setor de serviços é o mais promissor. Mas o ramo de alimentação é o que sempre rende mais e que está, frequentemente, em maior crescimento devido à quantidade alta de opções” explicou a consultora.

Negócio próprio X franquia

Prado acredita que entre ter um negócio próprio e adquirir uma franquia, a segunda opção é mais interessante. Segundo a consultora, abrir sua própria empresa exige muito mais trabalho como criar um nome para a marca, por exemplo. “Com a franquia você já tem uma marca criada que está dentro do mercado”, afirmou. “Muitas empresas criadas não duram nem dois anos. Entre 2007 a 2010, 50% das novas empresas fecharam, ou seja, não vale a pena”, completou Prado.

Como fazer uma loja vender mais

Esta matéria extraída do site da PGNE, é muito bacana para mostrar como aproveitar melhor o espaço no ponto de venda, e como garantir que a experiência de compra fique mais intuitiva.

Tornar o ponto de venda mais atraente é um dos desafios para quem quer trazer mais clientes para sua loja e aumentar o faturamento. Para garantir uma boa exposição dos seus produtos, as sócias da Suklaá Chocolates, empresa finalista do Extreme Makeover 2012, vão pessoalmente às lojas e organizam os produtos nas prateleiras. “Procuro agrupar os produtos por tipo, cor e volume”, diz Lígia Gennari. Para dar ainda mais visibilidade aos seus produtos, elas estão confeccionando um display para as trufas, que hoje ficam armazenadas em potes improvisados.
Confira, a seguir, cinco dicas do Sebrae para organizar melhor o ponto de venda e torná-lo mais eficaz e chamativo:

1. Personalize a fachada e a vitrine
A fachada deve ser a mais adequada possível ao público que a loja pretende atrair e aos produtos e serviços que ela tem a oferecer. A vitrine externa transmite a personalidade da loja e deve traduzir o que o cliente encontra no interior dela. A porta de entrada deve facilitar ao máximo o acesso. Se tiver de permanecer fechada, é melhor que seja de vidro, para que o cliente possa visualizar o interior da loja. A porta mais indicada é a dupla, com uma folha abrindo para dentro e outra para fora, com os avisos “empurrar/puxar” bem visíveis. Lojas destinadas a mulheres devem prever a entrada e a circulação de carrinhos de bebê.

2. Capriche nas prateleiras
As prateleiras são o prolongamento da vitrine e devem proporcionar ao cliente um contato mais próximo e estimular seu interesse nos produtos. A forma como os produtos são apresentados influi na decisão de compra. Para tirar melhor proveito do espaço, recomenda-se colocar mais itens nas prateleiras, em vez de exibir grandes quantidades de um mesmo produto. O ideal é aproximar produtos afins, como meias e sapatos, salgadinhos e bebidas, e usar as áreas perto do caixa para expor pequenos produtos de conveniência ou comprados por impulso. O mostrador é um excelente recurso para exibir mercadorias frágeis ou de valor, que precisam ser guardadas de forma segura.

3. Aproveite bem o espaço
Um dos elementos que definem a circulação, o balcão deve ser planejado para que não se torne um obstáculo entre o cliente e a mercadoria. O caixa deve ser discreto, para não desviar a atenção do cliente da área de vendas, porém visível. Os móveis não devem ocupar mais de 40% da loja. Se a área for muito pequena, podem ser usados recursos de iluminação, pintura e espelhos para aumentar a sensação de espaço. Uma boa circulação requer corredores amplos e planejados como vias de mão dupla, que propiciem a visão plena dos produtos.
4. Organize o fluxo
O percurso do cliente na loja pode ser previamente delineado para que não haja conflitos entre a movimentação deles e dos funcionários. O consumidor tende a se deslocar para a direita, no sentido horário. Assim, é preciso dispor os produtos em uma sequência bem programada, que garanta a circulação por todo o espaço. Para evitar que o fundo da loja se torne uma “zona morta”, por exemplo, pode-se utilizar essa região para expor produtos em oferta ou montar uma mesa de degustação. A boa sinalização contribui para orientar a circulação. Ela pode ser feita com cartazes e setas. Para que o cliente as enxergue de qualquer ponto, o ideal é que prateleiras e gôndolas posicionadas na área central não ultrapassem 1,50 m. O uso de materiais e cores diferentes e de iluminação constituem outras formas de sinalização.

5. Planeje o estoque
A área destinada ao estoque deve ser planejada de acordo com as necessidades do negócio. Ele deve estar em local acessível para abastecer a área de vendas, mas sem subtrair parte de seu espaço.