O mercado de franquia – as tendências para 2013

O fraco desempenho da economia terá efeitos sobre as franquias? Em quais segmentos investir e quais as regiões mais atraentes para os negócios? As fusões e aquisições vão continuar? Como se preparar para uma eventual oferta? E o que os consumidores esperam? São muitos os questionamentos sobre o futuro do franchising no ano que se inicia.

O site Pequenas Empresas & Grandes Negócios ouviu Ricardo Camargo, presidente da Associação Brasileira de Franchising (ABF) para apontar as principais tendências do setor em 2013. 

Expansão moderada 
Por conta da economia morna, 2013 deve ser mais devagar para o setor de franchising no Brasil. A ABF calcula um crescimento de 15% para este ano, menos que os 16 % alcançados em 2012, quando o setor faturou R$ 104 bilhões. “Isso se o PIB crescer 3%, porque, se crescer menos…”, pondera Ricardo Camargo, diretor-executivo da entidade.

Mas a expansão menor não significa um cenário menos intenso. Como o aumento dos valores imobiliários arrefeceu, o número de unidades abertas deve aumentar 10%, enquanto o total de marcas atuando no mercado deve chegar a 2.200 até o fim de 2013. 
Interiorização 
O avanço rumo ao interior do Brasil não é novidade, mas deve seguir em 2013. Resultado da descentralizaçãoda economia e distribuição de renda em regiões mais pobres, o processo ganha força e mais franquias devem investir em cidades de médio porte do interior de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e nos estados da região do Sul.

Após o boom das capitais nordestinas, cidades do interior da Bahia e de Pernambuco também começam a atrair marcas. Em fronteiras agrícolas, a recuperação das safras no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul deve refletir no varejo. No Norte, destaque para Manaus (com dois shoppings para serem inaugurados) e o sul do Pará, onde cidades como Parauapebas e Marabá experimentam um desenvolvimento acelerado. A surpresa fica com Tocantins, estado mais novo do país que é um mercado pouquíssimo explorado pelo setor.

“No interior, há espaço para tipos de negócio que ainda não estão lá. Por isso, o franqueado tem que fazer uma pesquisa sobre o que já existe na cidade. O Boticário, por exemplo, está em grande parte das cidades do país”, afirma Camargo. 

Áreas promissoras 
Como de costume, segmentos tradicionais, como alimentação, vestuário, acessórios e calçados, continuarão como pilares do franchising. Mas o desenvolvimento no interior do Brasil impulsiona ainda mais segmentos relacionados ao turismo de negócios, com a abertura de novos hotéis e estabelecimentos indiretamente beneficiados.

Tudo que está relacionado à oferta de comodidade à população também deve crescer. Nisso, entram microfranquias que oferecem serviços domésticos, reforço escolar e cuidado de idosos. A presença maior de mulheres no mercado de trabalho e o consequente acesso à renda dão força para franquias da área de beleza.

Via Revista PGNE