Tendência: Internacionalização de Franquias

Por Larissa Magalhães

O Brasil ocupa, atualmente, o 4º (quarto) lugar no ranking mundial de países com maior número de franquias e o 1º (primeiro) na América Latina. Este mercado é predominantemente composto por empresas nacionais, e, com a solidificação desse setor, aumentam-se os casos de franquias nacionais que procuram a internacionalização. Por certo, o processo de internacionalização de franquias ainda está em fase de crescimento no país, porém, este mercado cresce cada vez mais.

A internacionalização permite à Rede de Franquia uma rápida expansão e pode ser um excelente negócio à Franqueadora. Contudo, o tal forma de expansão deve ocorrer de forma planejada, consciente e como o domínio das regras e usos do comércio exterior. Caso contrário, a atuação internacional e as vendas podem representar um prejuízo e uma péssima experiência às empresas.

Este planejamento reduz ao mínimo as decisões irracionais perante os imprevistos, bem como os conflitos ao redor do objetivo do qual a empresa quer se dirigir ebaseia-se na análise de mercado, ou seja, em síntese: (i) no estudo da concorrência ou dos mercados não explorados; (ii) no estudo dos potenciais clientes e dos pontos fracos e fortes do mercado ainda inexplorado; (iii) na elaboração da estratégia e dos objetivos e (iv) no estudo do idioma e normatização do lugar que se pretende migrar. É importante, ainda,verificar-se os usos e costumes do local onde se pretende expandir; muitas vezes, o produto ou o serviço comercializado pela Rede de Franquia não é “adaptável” ao mercado internacional.

Frisa-se que, no franshising internacional, há barreiras específicas, como a barreira econômica, uma vez que uma empresa controlada que é aberta em um país estrangeiro torna-se um investimento onde o franqueador repassa a maior parte dos investimentos para o Máster Franqueado que implantará o sistema em um país. Há também a barreira política/fiscal, pois os lucros têm sido o grande empecilho ao investimento estrangeiro, pois mesmo que haja grande circulação neste sentido, existem as restrições futuras, pois o Máster Franqueado terá que encaminhar royalties à Franqueadora, sendo a parte menor que a total dos lucros, onde é preciso ter o empenho de ajustar os valores relativamente baixos para a manutenção do negócio.

Como se percebe, a internacionalização de uma Franquia não é simples, necessitando de planejamento, estrutura e visão. Assim, conclui-se que não há expansão, menos ainda em âmbito internacional, sem definir as expectativas de acordo com as respostas às seguintes perguntas que devem ser feitas pela Franqueadora, detentora da Marca e do know how: (1) Onde estou? (2) Onde quero ir? (3) Como chegar?

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