Franqueado e franqueador – a satisfação na relação de franquia sempre está relacionada ao dinheiro

capa do livroNa minha atuação como consultora jurídica na área de franquia e varejo, pude constatar algumas questões interessantes sobre satisfação, e convido você, leitor, a observar com atenção as ideias que abaixo compartilho. O franqueador, muitas vezes, pensa que seu negócio é o melhor do mundo. Acha que tem o melhor contrato, o melhor produto. No entanto, ele precisa satisfazer o seu franqueado, o que é um desafio. Se iniciamos nossa reflexão lembrando da dificuldade de agradar a todos, imagine a realidade de uma rede com 300 franqueados!
Já o franqueado costuma achar que agrada o franqueador apenas pagando em dia as suas taxas. Se ele for medíocre em sua atuação, estagnar-se, negar-se a sair da área de conforto, certamente não satisfará o dono da rede.

Um fato é inegável: a satisfação na relação de franquia sempre está relacionada ao dinheiro, à rentabilidade. Quando o negócio é lucrativo, os problemas e a insatisfação pessoal se camuflam. Parece que todos ficam mais tolerantes.

O bolso é, sem dúvida, a parte mais sensível do relacionamento. Existem franqueadores que prestam serviços ínfimos à sua rede. Porém, se a rede está indo bem financeiramente, ninguém questiona a falta de assistência. Acompanhei casos de franqueadores que investem em treinamento, consultoria de campo e outras ações para o fortalecimento da rede. Mas é só o lucro cair ou o produto ou o serviço passarem por uma crise, que nada disso é valorizado.
Portanto, costumo aconselhar aos franqueadores que eliminem eventuais rusgas quando a rede estiver financeiramente saudável. A crise só faz com que as insatisfações aflorem e tudo fica mais complicado. No entanto, se servir de consolo, vale lembrar que nunca será possível agradar a todos os franqueados. E o franqueador precisa sempre estar preparado para isso.

Melitha Novoa Prado, trecho do livro ” Franchising – na alegria e na tristeza”

Microfranquia e franquia virtual exigem cautela

O sistema de franchising é considerado uma excelente maneira de fazer um negócio já testado e de sucesso crescer. Prova disso são as redes consolidadas, que se mantêm por muitos anos, inovando e em contínua evolução, já sendo comandadas pela terceira geração de franqueados.

“Em quase 30 anos de franchising no Brasil, muitas novidades vieram para ficar e outras ainda surgirão, mas é preciso olhar com cautela para tudo o que surge, seja inovador ou releitura de negócios já existentes”, avalia Melitha Novoa Prado, consultora em relacionamento de redes.

Segundo ela, as franquias virtuais e as microfranquias, que estão atraindo um número considerável de investidores, merecem atenção especial. “São negócios de baixo investimento, mas que precisam ser analisados com o mesmo cuidado que qualquer franquia.”

A consultora lembra que é fundamental que a marca esteja praticando o franchising dentro da lei 8.955/94, que rege o sistema de franquias no Brasil, seja associada à Associação Brasileira de Franchising (ABF), tenha toda a documentação, como a Circular de Oferta de Franquia, Pré-Contrato e Contrato de Franquia e ofereça consultoria de campo, treinamento e manuais.

Para ela, o investidor também precisa ficar atento aos números divulgados e, principalmente, à proporcionalidade do investimento versus lucratividade. “Ninguém pode esperar que se invistam R$ 10 mil e se lucrem outros R$ 10 mil mensais. Não existe nenhum investimento que dê 100% de rendimento, tudo é proporcional”. Melitha diz que, quando o investimento é baixo, a tendência é o investidor ser menos criterioso, já que acredita que, “se perder, perde pouco”. “Isso é um erro. Ninguém perde muito ou pouco, não se pode entrar num negócio para perder, mas, sim, para crescer junto com o franqueador”.

Tomando todos os cuidados e trabalhando com empenho, certamente a microfranquia ou a franquia virtual podem ser um bom negócio. “São novas modalidades que, havendo transparência e boa comunicação entre as partes, têm chance de ser um sucesso”, finaliza Melitha.

Franquia para casais – Consultoria Novoa Prado dá o caminho das pedras

Casais que escolheram as franquias para empreender juntos contam suas estratégias de sucesso. Consultores dão as dicas para não deixar azedar nenhuma das relações

Enquanto alguns casais não conseguem nem imaginar a possibilidade de trabalhar juntos, muito menos estar à frente do mesmo negócio, outros encontram na dinâmica da relação a dois e na combinação de talentos e gostos, que podem até ser distintos, ingredientes preciosos para impulsioná-los ao sucesso. É o caso de marido e mulher que decidem empreender juntos e elegem abrir uma franquia, um tipo de negócio que, pelas próprias características, seduz com a segurança de um casamento perfeito, entre o knowhow (do franqueador) e o perfil (do franqueado).

Mas, como em qualquer outro negócio, não existe fórmula garantida de sucesso com franquias. Marido e mulher, por mais “casal 20″ que sejam, devem estar preparados tanto para o fracasso, quanto para o sucesso. A relação pode azedar caso a franquia não decole, o que é compreensível, e é mais fácil para o casal se precaver contra essa possibilidade tendo um plano B na manga. O que poucos conseguem antever é que o sucesso estrondoso nos negócios também pode custar o fim do casamento. O equilíbrio, portanto, deve ser perfeito, porque são as mesmas pessoas no comando em casa e nos negócios. É bom que o capital emocional do casal esteja no azul, ele pode ser mais valioso que o dinheiro em espécie.

Franquias a dois

Uma das principais vantagens das franquias para os casais é que o negócio tem mais chances de dar dar certo. “A taxa de fechamento de franquias varia entre 1% e 2% ao ano, enquanto que, em outros tipos de negócios, essa taxa fica em 22%”, diz Ricardo Camargo, diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF). “As linhas de financiamento também são muito mais disponíveis e têm juros inferiores aos demais praticados no mercado, até pelo baixo risco do negócio”, continua Camargo.

“O casal também terá suporte do franqueador para abrir o negócio e o processo é muito mais ágil, não tem toda a burocracia de outros tipos de negócio próprio”, assinala o diretor da ABF. “Só aí já tem um ganho de capital considerável”. A escolha do ponto comercial mais adequado ao negócio será feita com ajuda do franqueador, que também já possui um marketing robusto e toda uma estrutura de treinamento. Tudo isso diminui consideravelmente os riscos do casal empreendedor que escolhe as franquias.

Como os dois estão à frente da franquia e o sucesso é compartilhado, também não há desigualdades de carreira ou salariais para colocar um elefante branco no meio da sala do casal. “A divisão do sucesso, que é dos dois, ajuda o negócio a crescer muito e ainda favorece a relação”, comenta Camargo.

Segundo o diretor da ABF, grande parte dos casais à frente de uma franquia possui mais de uma unidade. “Sinal de que o negócio administrado a dois vai bem”, assinala. Quando o marido ou a mulher começa só, é comum que o outro cônjuge acabe se envolvendo ou deixe o emprego para embarcar de vez na franquia. E há também os casais que continuam em seus empregos ao mesmo tempo em que se tornam empreendedores no setor de franquias.

Cada um na sua

Seja qual for a situação, as tarefas devem ser bem divididas para que um não interfira na seara do outro e não haja conflitos entre as responsabilidades de cada um. “Às vezes, esses conflitos não chegam ao franqueador a tempo e isso pode ameaçar o sucesso da franquia”, adverte Cristina de Paula, especialista em franquias e varejo da Novoa Prado Consultoria.

A divisão de tarefas não causou problemas para o casal Nanci e Cláudio Miranda, embora ambos sejam contadores. “Eu cuido mais da parte administrativa. Ele, de operacional e equipe”, conta Nanci. “Eu me identifico muito com a área e gosto de lidar com investimentos”.

Nanci e Cláudio são donos de duas franquias da MegaMatte no Rio de Janeiro. Ela começou o negócio e ele embarcou depois — o marido ainda mantém outro emprego como contador. Para Nanci, as franquias melhoraram a vida do casal e a parceria também trouxe benefícios para os negócios: “É bom dividir o trabalho com quem você tem intimidade, temos uma liberdade grande para conversar”.

A enfermeira Clarísia Gusmão Tigre e o bioquímico Gildásio Cairo Neto continuam trabalhando em suas profissões e têm um bebê na família. Mas é justamente o fato de tocarem uma franquia a dois que permite ao casal ter sucesso na Prima Clean que possuem em Vitória da Conquista, na Bahia.

“Só dá certo porque estamos os dois juntos. Claro que, para o negócio prosperar, temos de nos fazer presentes, mas a tecnologia ajuda. Sabemos que nossa função é gerenciar e ter uma equipe confiável é fundamental. Não adianta querer fazer tudo, tem que fazer bem-feito, otimizando o tempo”, ensina Gildásio. “O profissionalismo independe de sermos casados. Mas o afeto que nos une faz com que o negócio tenha mais sucesso”.

Papéis em seu lugar

Além de áreas de comando bem demarcadas na franquia, o casal também deve fazer o que o diretor do Instiad, Luiz Cláudio Binato, chama de “plano de papéis”. O seleto ingrediente preventivo pode evitar que marido e mulher sofram uma espécie de efeito rebote por causa do sucesso financeiro do casal. Se o casal estiver ciente dos seus papéis e responsabilidades, vai ser mais difícil chegar a uma situação em que os negócios vão bem, mas o casamento vai mal — e, se acontecer, pode evitar que o casal coloque a franquia em risco.

“Homem e mulher desempenham vários papéis. A mulher é mãe, esposa, sócia e executiva. O homem é pai, marido, sócio e executivo. Então, proponho aos casais que, além de terem um plano de negócios, tenham um plano de papéis, saibam que papéis eles desempenham, porque os comportamentos, crenças e valores tendem a ser diferentes no desempenho desses papéis”, explica Binato.

“É muito comum as pessoas trocarem os papéis, pensar como pai na empresa ou agir como marido no ambiente de negócios, e é isso que deteriora as relações”, ressalta o estrategista em negócios. “Mas se o casal se antecipa com um plano de papéis e souber as responsabilidades esperadas de cada um, fica mais difícil de as relações se deteriorarem”.

Segundo Binato, se o casamento, seja por que motivo for, estiver passando por problemas, eles não vão afetar tão drasticamente os negócios do casal se cada um tiver ciência de seus papéis na franquia: “Conheço casais que se separaram, mas mantiveram a sociedade porque os negócios iam bem, e depois acabaram até reatando”.

Equilíbrio e flexibilidade

O sucesso do casal Fernando Bamberg e Laura Milano demonstra que eles têm habilidade ímpar para separar as expectativas e responsabilidades em casa e nos negócios. Nas franquias da Trópico, marca de surfwear, que possuem no Rio Grande do Sul, eles também se dedicam a áreas distintas. “Ela cuida de Recursos Humanos e contas a pagar e receber. Eu cuido da parte operacional e estratégica do negócio”, conta Fernando.

Laura e Fernando decidiram empreender juntos quando ela engravidou do primeiro bebê do casal. Ambos tinham carreiras e empregos estáveis. Ela, em um grande banco. Ele, em uma grande rede varejista. “A gente queria algo flexível para ter mais tempo com o bebê”, lembra Fernando. O negócio deu tão certo que no curto espaço de um ano eles já tinham quatro unidades de franquia da Trópico.

Um mês depois que abriram a primeira loja, na cidade de Canoas, nasceu o bebê. Naquele mesmo mês, dezembro de 2010, abriram a segunda franquia, em São Leopoldo, ao surgir uma boa oportunidade de compra. Laura estava de licença maternidade e ele ainda mantinha seu emprego. Em fevereiro de 2011, ambos decidiram pedir demissão para se dedicar em tempo integral às franquias. Em abril e dezembro, abriram as outras duas lojas, em Torres e Novo Hamburgo.

“Já tínhamos um planejamento financeiro muito seguro para abrir uma loja”, lembra Fernando. “Mas a gente se identificou muito com o franqueador e o modelo de negócios e, em pouco tempo, vimos que tinha ganhos”. Fernando ressalta que o casal foi motivado a expandir os negócios em tão pouco tempo pela identificação com a marca e boas oportunidades de compra e de ganhos. Tanto que não hesitou em ir atrás de recursos para financiar essa expansão. Em casa, a família também aumentou com a chegada do segundo bebê.

“Temos 18 funcionários. Nós trabalhamos mais agora, só que trabalhamos como e quando a gente quer”, conta Fernando. “Consigo flexibilizar minha dedicação aos negócios de acordo com as necessidades pessoais. A família vem em primeiro lugar e o trabalho é o nosso suporte para a gente ter a vida que sempre quisemos ter”, comemora. “Pego meu filho na escola, posso planejar uma viagem com a família toda fora de temporada. Esse é o ganho principal, a qualidade de vida, de modo que fique bom para a gente e para o negócio”.

Sinergia e conflitos

A consultora da Novoa Prado explica que não é o sistema de franchising em si que faz o sucesso do negócio quando marido e mulher estão no comando, mas, sim, como a dinâmica do casal contribui para impulsioná-lo, uma combinação que deu mais do que certo no caso de Laura e Fernando, que conseguem conciliar as responsabilidades de uma jovem família com os novos negócios em expansão.

“Não adianta um ter o perfil adequado para a franquia e o outro não, e isso já vai aparecer na hora de passar pelo processo de seleção do franqueador. Ambos têm que ter uma sinergia e habilidades que se complementam, até para poderem trabalhar bem juntos”, diz Cristina. “É a sinergia no trabalho e o profissionalismo dos dois que vão alavancar a franquia”.

Mesmo com uma boa dinâmica nos negócios, nenhum casal está imune às divergências só porque está vestindo seus “trajes business”. Em casa, as decisões podem até ser mais passionais e emocionais. Já nos negócios, marido e mulher terão de solucionar impasses sem prejudicar a franquia e sem que um fique de cara amarrada com o outro pelo resto da semana.

“A principal dificuldade é a relação marido e mulher, de confronto de duas áreas, de duas pessoas diferentes”, atesta Fernando. “Quero contratar mais gente e o RH, que é minha mulher, não deixa. Isso pode ser levado para casa depois do expediente”, comenta. “Mesmo assim, a gente gerencia esses conflitos, aí entra o consenso, porque nós dois já convivemos há muito tempo e o objetivo é um só, o sucesso da empresa”.

“Pontos de vista distintos sobre qualquer assunto acontecem em qualquer empresa”, comenta a especialista da Novoa Prado. “O casal tem que ter discernimento para agir em favor da franquia, pensando no que é melhor para os negócios”, ressalta Cristina. “Tem que deixar o orgulho de marido e mulher de lado e favorecer sempre o negócio”.

Camargo concorda, e ressalta a ideia do sucesso compartilhado para ajudar o casal a manter o foco no benefício mútuo e não pensar no individual na hora de tomar decisões de negócios. “Discussões entre sócios são normais. Mas se a mulher é ciumenta e o marido é responsável pela contratação, pode provocar uma briga de casal”, comenta o diretor da ABF. “O casal tem que ter ciência que tem de administrar essas relações em favor do sucesso do negócio”.

Caio de Almeida Cunha é master-franqueado Brasil da WSI. Ele e a mulher, Ana Luiza, apostaram na parceria para empreender no setor de franquias no retorno ao País, depois de três anos nos Estados Unidos. “Mesmo que, às vezes, tenhamos opiniões diferentes sobre o negócio, chegamos sempre a um denominador comum”, conta Ana Luiza. “A grande vantagem de trabalhar com o marido é a confiança mútua que temos. É poder ser 100% aberta com o outro, sem medo de ser mal-interpretada”.

Finanças

Outro ponto importante, observa Cristina, é separar as finanças pessoais das finanças da empresa. “Em qualquer franquia, o franqueado tem o hábito de misturar as contas da pessoa física com as da pessoa jurídica e isso não é uma cultura bacana para os negócios, tem que separar e administrar isoladamente”, orienta a consultora.

Essa demarcação é ainda mais fundamental para o casal empreendedor, porque a franquia será sua única fonte de renda. “Se a franquia não engrenar no prazo que eles esperam, vai faltar dinheiro dentro de casa”, ressalta Cristina. “Por isso, o casal tem que demarcar as finanças e ter uma reserva para as contas pessoais e outra para o capital de giro da franquia”.

Ter essa disciplina é tão importante quanto a confiança que um deposita no outro quando o assunto é dinheiro. Grande parte dos casais se sente mais seguro sabendo que é o marido ou a mulher quem está cuidando do dinheiro, mas não se pode misturar os desejos do casal com as necessidades do negócio e colocar tudo na mesma conta. Tudo a seu tempo, recomendam os especialistas, até que o investimento comece a ter retorno.

O mesmo horizonte

Assim como a vida conjugal não deve interferir na empresa, também os negócios não devem invadir a vida do casal. A tentação de trabalhar além da conta, principalmente no início da franquia, pode ser grande, mas deve ser evitada para não atrapalhar a relação. É claro que, como casal, nada impede que levem assuntos do trabalho para casa, desde que não passem da medida — se a vida íntima ou o lazer dos filhos começarem a sofrer, é um bom sinal para pisar no freio.

“Ser casado e trabalhar junto é como se dois gerentes convivessem 24 horas por dia falando do negócio”, conta Fernando. “Temos que nos policiar para não falar só sobre trabalho. Então, a gente estabelece um limite como em um emprego normal, às vezes até um pouco mais tarde porque estamos trabalhando para nós mesmos”.

Embora consigam equilibrar tão bem as franquias e a vida pessoal, Fernando e Laura admitem o receio de que os negócios possam predominar sobre a vida pessoal do casal. Mas também lidam com essa possibilidade de forma bem prática. “A gente prometeu tratar do negócio como um meio para atingir objetivos pessoais, estando presente para os filhos e mantendo nosso padrão de vida”, explica Fernando. “E se eu tenho carga horário para o chefe, tenho que ter para mim mesmo”.

Felizes nos negócios e no amor, o casal gaúcho celebra os frutos da dupla parceria. “O fato de administrarmos as franquias a dois é um dos fatores de sucesso porque nosso objetivo é o mesmo: ter resultado financeiro com a qualidade de vida que a gente buscava”.

Via Site Franquia Ideal

Como montar uma rede de franquias? Quais os desafios?

Especialistas alertam: tornar-se franqueador requer preparação e disposição para dividir conhecimento, caso contrário, os conflitos gerados podem culminar em um ou vários processos judiciais

Via Jornal do Comércio – Porto Alegre

Nem todos têm  essa característica, diz Melitha

Muitos empresários brasileiros têm apostado em surfar na onda do sistema de franquias, nova febre dos setores de comércio e de serviços do País e que tem levado progresso financeiro para muitos. Por outro, a alternativa também tem se mostrado uma verdadeira armadilha para aqueles que não possuem perfil adequado para atuar como franqueadores ou que pecam pela falta de planejamento antes de aderirem ao negócio de venda de franquias. O principal problema é que, além de obter resultados negativos, o franqueador mal preparado ainda irá precisar responder pelo insucesso alheio, uma vez que a ele estarão atrelados ainda os negócios dos franqueados da marca.

“O problema sempre vai voltar para o franqueador. Não se pode brincar de vender franquia, tem que se ter visão neste ramo e se preparar para isso, mas muita gente tem deixado de levar esses fatores em consideração”, adverte a consultora-jurídica Melitha Novoa Prado, especialista em relacionamento de redes de franchising e varejo. “Ser franqueador inclui responsabilidade social, pois mexe com o dinheiro e com o sonho de outras pessoas.”

Histórias de desentendimentos entre franqueadores e franqueados ocorrem todos os dias em todo o território nacional, afirma Melitha. Exemplo em solo gaúcho é o caso de uma marca do ramo de alimentação que responde atualmente por dois processos judiciais por quebra de contrato, resultado da venda de franquias “com irregularidades contábeis, financeiras e trabalhistas”, conforme depoimento de um dos franqueados, que prefere não se identificar. O empresário, que também não revela o nome da marca franqueadora devido ao processo judicial estar em andamento, admite que, quando comprou a ideia, ainda era inexperiente no sistema de franchising. “Com o tempo, fui descobrindo uma série de problemas, inclusive operacionais, como perda de qualidade dos produtos e treinamentos ineficientes. Também não recebia informações quando as solicitava, tampouco tive acesso ao manual de franquias da marca nos primeiros cinco meses de trabalho”, reclama.

Para evitar situações em que a “separação” é inevitável e desagradável, tanto para quem deveria transmitir know-how adquirido ao longo dos anos de operação, quanto para quem estaria apostando suas fichas no negócio e pagando royalties para isso, a dica é planejamento para ambos os casos, mas, principalmente, por parte do franqueador. “O empresário precisa analisar se o empreendimento está pronto para ser franqueado”, sugere Melitha, afirmando que “há muita gente que resolve franquear negócios sem que estes passem por um período de amadurecimento.”

É melhor não se aventurar no franchising, concorda o diretor de expansão da Trópico, Gustavo Schifino. “Só se deve aderir à venda de franquias quando se tem certeza que o trabalho da marca está consolidado”, ensina. “Antes de ser um franqueador, é preciso ter o cuidado de testar o negócio, porque sai caro entrar nessa sem embasamento – as multas por quebra de contratos, por exemplo, são altíssimas.” Schifino tem propriedade para falar: além de estar à frente do desenvolvimento de franquias da rede Trópico, também é diretor da Associação Brasileira de Franchising no Rio Grande do Sul (ABF/RS) e presidente do CDL Porto Alegre.

O dirigente dá algumas dicas para quem quer expandir a marca via franchising. “Não faça franquias de algo que não domine plenamente (teste o modelo por pelo menos dois anos), selecione bem os franqueados de acordo com o perfil da marca e avalie se o investimento é suficiente para manter o negócio.”

O franqueador precisa investir no planejamento estratégico de médio e longo prazo e, se não souber fazer isso sozinho, deve buscar ajuda de quem entenda do assunto. São importantes a orçamentação, a pesquisa de mercado, o registro de marca, o projeto arquitetônico, a elaboração de contratos e é necessário investimento em toda essa estrutura para depois poder ter certeza de que o negócio está pronto e viável para começar a vender franquias.

Ser franqueador exige perfil específico

Enquanto muitos franqueadores entram despreparados para o sistema de franchising, outros tantos sequer deveriam investir nesta direção. “Não são todos os empresários que têm perfil para serem franqueadores”, sentencia a consultora jurídica Melitha Novoa Prado.

Perceber se tem cultura para ser um franqueador, na opinião dos consultores deste mercado, é o fator principal para um empresário antes da tomada de decisão de vender franquias de determinada marca. Em seguida, o planejamento estratégico (a longo prazo) é a condição primordial para que o negócio seja bem aplicado.

“O sujeito que quer ser franqueador tem que se preocupar com vários aspectos”, destaca o presidente da US Franchising, Eladio Toledo, e adverte que mais da metade dos 2,6 mil franqueadores brasileiros não estão adequados às exigências estabelecidas pela Lei de Franquias (8.955/94). As irregularidades, segundo Toledo, vão desde a não elaboração de contratos de acordo com o que determina a legislação, passando por falta de circular de oferta até a não existência de um mínimo de respaldo a ser oferecido aos franqueados. Para ele, o franqueador que não se prepara “assina contrato de morte”. “Tem que ter estrutura de marketing e operacional, é preciso formatar e manualizar todos os procedimentos, tem que ter processo completo para repassar know-how, porque se não tiver respaldo, no meio do caminho o franqueado desiste ou quebra, gerando prejuízo para o franqueador.”

Outro erro que pode ocorrer é o empresário dono da marca não avaliar se o negócio a ser franqueado tem mercado em expansão.

Franchinsig é uma parceria  de longa duração

Tornar-se um franqueador requer uma série de responsabilidades. Como se não bastasse ser fundamental estudar e planejar a estrutura necessária, o valor do investimento, o perfil dos franqueados, a estratégia de divulgação da marca, a forma de mídia, entre outras questões que envolvem preparo e injeção de dinheiro, ainda é preciso reservar tempo para atender aos futuros parceiros. Ser franqueador (e franqueado) é estar preparado para viver uma sociedade, um casamento.

“Não basta vender a franquia, é preciso, entre outras coisas, analisar se haverá tempo de maturação e horas de voo para estar oferecendo um negócio de sucesso para terceiros, além de dar a sorte de contratar uma empresa séria de consultoria para fazer um bom trabalho com a equipe da empresa”, observa a consultora jurídica Melitha Novoa Prado. Ela frisa que saber dividir o sucesso da marca com terceiros é o grande segredo do bom relacionamento com os franqueados.

“Franchinsig é relacionamento, padronização, ganhos de escala”, complementa a empresária Fabiana Estrela, proprietária da Estrela Franquias, que administra as marcas Barriga Verde e Caverna do Dino. Ela acredita que todo franqueador precisa desenvolver uma cultura de associativismo dentro da empresa – e isso inclui construir a ideia junto à equipe de trabalho. “Cada um dos franqueados é como sócio de determinada rede de franquias, todos irão colaborar para erguer o negócio, dar ideias novas, é preciso ouvir cada um deles, considerar, respeitar, contribuir. É preciso ter esta disposição de troca, porque não é só vender a franquia e o franqueado trabalhar para o franqueador, não é hierárquico, tem que desenvolver relacionamento para crescer junto.”

Fabiana lembra que, como qualquer negócio, a franquia precisa de plano estruturado e de pessoas com experiência para trabalhar com o produto ou serviço, que tenham entendimento do que se quer atingir. Definido o que se quer vender, é preciso idealizar este processo dentro do sistema de franchising, e detectar se é viável montar uma estrutura que possa ser padronizada para ser repassada adiante, ensina a empresária. “Havendo domínio do plano de negócio e prática no mercado, empresário pode padronizar o trabalho, mas ainda é preciso implantar no DNA da empresa a ideia de franchising, o que significa diversos parceiros tralhando por uma marca, cada qual com seus sonhos e ideias sobre o negócio.”

O segundo ponto, na opinião de Fabiana, é a seleção do franqueado, que deve ser embasada em perfil de competência e atitude, além da condição financeira. “Toda empresa tem uma cultura, e o franqueado precisa ter um perfil que feche com o modelo de gestão e com a atitude da marca, porque senão a parceria não funciona, e é dever do franqueado escolher bem os parceiros.” A empresária chama a atenção para o fato de que, muitas vezes, na ânsia de crescer, alguns franqueadores iniciantes “pulam o processo de seleção”. “E esse é um cuidado que deve ser lembrado, não adianta ficar afoito para abrir lojas já de início”, alerta.

Fabiana assinala que mais do que disposição constante para ouvir o franqueado, o franqueador precisa ser proativo no relacionamento com os parceiros do negócio. “Além da visita técnica, é bom construir uma relação onde o franqueado jamais se sinta abandonado, mas sim fazendo parte da rede de franquias. Isso irá gerar um ritmo de sucesso e de evolução melhor para os franqueados, e consequentemente para o franqueador.”

Melitha Prado aconselha que, para evitar conflitos, o franqueador só escolha (com calma) os parceiros quando estiver preparado. “Às vezes as pessoas não têm a informação que precisam. Tem muita gente que compra franquia por entusiasmo e menos pelo potencial da marca. Depois, se não dá certo, vira para o franqueador e pede o dinheiro de volta.” Outro ponto é aguardar o momento para expandir o know-how do produto ou serviço.

“Tem gente entrando no sistema de venda de franquias com tempo insuficiente – chega a acontecer de empreendedores terem pouco mais de seis meses de atuação do produto no mercado e já querer franquear. Este é um pensamento equivocado”, opina a consultora. E ela volta a bater na tecla do resultado disso tudo: “Obviamente gera conflitos com os franqueados, que dependendo da conduta do franqueador, acabam brigando na Justiça por seus direitos. No final, todos perdem tempo e dinheiro, sem alcançar o objetivo do franchising, que é posicionar a marca no mercado.”

Por Adriana Lampert do Jornal do Comércio de Porto Alegre

Franquia de Clube de Futebol alcança em média faturamento de 80 mil reais

Franquia de clube de futebol

Grandes clubes como São Paulo, Corinthians, Grêmio e Vasco já têm opções de franquias para empreendedores.

Produtos de clube de futebol já fazem sucesso no e-commerce, mas agora um novo filão de mercado que consolida-se nos últimos anos são as franquias de lojas oficiais de clubes de futebol.

O movimento é encampado por clubes de ponta como Corinthians, São Paulo, Vasco e Grêmio, mas até o final do ano entram em campo Botafogo, Internacional e Cruzeiro (já confirmaram e anunciaram seus seus projetos). Santos e Palmeiras ainda negociam o melhor formato para seus empreendimentos.

As lojas que já funcionam têm entre 70 e 100 metros quadrados, apostam na variedade de produtos e apresentam novidades para o consumidor a cada trimestre. Ficou interessado? Para abrir uma franquia será preciso investir aproximadamente R$ 200 mil e o faturamento é de R$ 80 mil.

Como vender para torcedores de futebol

Embora desponte promissor, vender para o fã de futebol é, na verdade, um negócio repleto de particularidades. Leia dicas colhidas com especialistas para não errar na escolha.

Emoção – Há quem invista em franquias de clubes diferentes. Os consultores, porém, indicam: na hora de escolher a bandeira da loja, melhor optar pelo clube do coração.
Variações – O resultado do time impacta a loja, que vende 20% a mais ou a menos, conforme o desempenho durante as competições.
Procura – O tíquete médio dentro de uma loja é de R$ 70 no verão e R$ 90 no inverno, de acordo com um levantamento realizado pela SPR Franquias.
Interior – O mercado nas capitais é grande para o segmento. Mas especialistas apontam que há oportunidades
no interior, onde o torcedor tem poucas opções.
Pesquise – Antes de optar pela franquia de um clube, saiba sobre o tamanho e os hábitos da torcida. Alguns clubes já fazem esse tipo de
mapeamento.

Fonte: Estadão

Microfranquias, opção barata de franquia

As microfranquias crescem cada vez mais no Brasil em função do aquecimento econômico atual. Com a ascensão das classes C e D. Novos empreendedores buscam uma oportunidade para montar seu próprio negócio e as microfranquias são uma ótima opção para quem não quer, ou pode fazer, um grande investimento inicial. No ano passado esse segmento movimentou mais de R$ 3,9 bilhões conforme a Associação Brasileira de Franchising.

O que são Microfranquias?

As microfranquias  são chamadas assim, por requererem um investimento menor que R$ 50 mil, o que é um valor bem mais barato que as centenas de milhares de reais cobrados por franquias de maior porte.

Atualmente, elas respondem por 17% do total de marcas do mercado de franchising, que engloba empreendimentos de todos os portes.

As opções de microfranquias baratas no mercado

Um dos maiores obstáculos para os novos empreendedores é justamente o capital inicial para investir no negócio. Muitas vezes, o ímpeto empreendedor é barrado nessa fase. As microfranquias, por possuírem menos investimento inicial, são uma alternativa viável para quem tem pouco capital. As opções são muitas e bem variadas.

O empreendedor investe pouco e tem a chance de lucrar de 20% a 30% sobre o faturamento. Para citar um exemplo, a empresa de Jardinagem EcoJardim, fundada em 2010 e com 40 franquias no país, cobra R$12,5 mil do franqueado e tem uma estimativa de faturamento bruto de R$10 mil. O Crescimento do setor do Franchising certamente será impulsionado pelas microfranquias, pois elas conseguem crescer de forma galopante, justamente por exigir menos capital para se abrir um negócio, sendo muitos deles homebase (escritório em casa).

Pode ser bastante positivo para o setor de franquias, mas há de se tomar alguns cuidados. O crescimento muito rápido também pode resultar em falta de estrutura e alicerces bem definidos, o que pode ocasionar o fechamento de muitas unidades por falta de apoio do franqueador, ou o negócio não dar o retorno esperado para o franqueado.

Você tem perfil para ser um franqueado?

Antes de investir o capital de uma vida no negócio, faça também uma análise do seu perfil de empreendedor. É preciso fazer uma autocrítica para saber se gosta de trabalhar em rede e seguir regras e padrões.
As especificidades da franquia exigem um empreendedor que esteja disposto a segui-las e prestar contas ao franqueador.
O primeiro problema de quem compra uma franquia é acreditar que o negócio vem pronto e não exige dedicação. Saiba que no início é você que precisará estar lá, inclusive aos finais de semana. Abrir uma franquia exige tanto trabalho e na maioria das vezes, até mais do que a maioria espera. O franqueado precisa lidar com várias áreas, desde finanças ao gerenciamento de equipe.

Como abrir uma franquia, vantagens e desvantagens

 

Franquia ou franchising empresarial é o sistema pelo qual o franqueador cede ao franqueado o direito de uso da marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semiexclusiva de produtos ou serviços.

VANTAGENS DA FRANQUIA

Iniciar um negócio contando com a credibilidade de um nome ou marca já conhecida no mercado

Como o franqueador dispõe de um cadastro financeiro respeitável, o franqueado pode usufruir de descontos nos preços, de prazos mais longos e de pagamentos em condições especiais. O franqueado terá também a possibilidade de tirar proveito da vantagem competitiva de seu franqueador, uma vez que seus produtos e/ou serviços já foram testados no mercado.

Contar com o apoio do franqueador

As chances de um franqueado obter sucesso em seu negócio utilizando-se do sistema de franquia formatada são maiores do que as de uma pessoa que monta um negócio independente. O franqueador já possui uma rede própria de distribuição e o sucesso da marca foi fortalecido após vários testes de produtos. Além disso, o franqueado recebe orientação e treinamento do franqueador, que tem interesse em zelar pelo seu nome/marca.

Existência de um plano de negócio

Na maioria das vezes, o pequeno empreendedor independente não dispõe de tempo e habilidade para prever fatos político-sociais e econômicos que possam afetar o seu negócio. É bom poder contar com o apoio de um franqueador competente, podendo instalar e expandir com menor risco financeiro.

Maior garantia de mercado

O franqueado poderá aproveitar a vantagem competitiva de seu franqueador, que já testou seus produtos e marcas no mercado. Além disso, planejou a sua expansão e é conhecedor do perfil dos clientes. O franqueador também possui informações relevantes com relação ao processo de melhor produzir e/ou vender e às estratégias de seus concorrentes.

Melhor planejamento dos custos de instalação

Numa franquia formatada, o franqueador calculará e informará o custo a ser rateado com os outros franqueados ao fornecer o projeto arquitetônico e as plantas de engenharia de construção, executar a fiscalização da obra e especificar máquinas e equipamentos.

Dessa forma, oferece o apoio necessário à construção e instalação da nova unidade, tomando por base os custos de sua unidade-padrão. Geralmente, num negócio independente, os custos de instalação fogem completamente da previsão, causando enormes problemas de fluxo de caixa ao empreendedor.

Economia de escala

Os custos de propaganda serão rateados entre os franqueados da rede, com isso, haverá uma redução substancial nos investimentos e, ainda, será possível melhorar a qualidade da propaganda. Além disso, existe a vantagem relacionada aos preços obtidos por uma central de compras da rede e ao investimento nos ativos fixos – como máquinas, equipamentos e instalações –, que também sofre uma redução pela quantidade necessária.

Independência jurídica e financeira

Apesar da autonomia não ser total, o franqueado possuirá independência jurídica e financeira em relação ao franqueador. A empresa do franqueado terá sua própria razão social, sendo uma pessoa jurídica distinta, e todas e quaisquer operações financeiras serão de responsabilidade individual dessa empresa.

Possibilidade de pesquisa e desenvolvimento

O custeio da pesquisa e desenvolvimento de novos produtos e/ou aperfeiçoamento daqueles já existentes, caberá inteiramente ao franqueador, que os testará em suas unidades antes de lançá-los na rede.

DESVANTAGENS DA FRANQUIA

Pouca flexibilidade

Nos sistemas de franquia formatada, os controles sobre as operações do franqueado são constantes e permanentes. O objetivo das auditorias é detectar falhas no cumprimento das obrigações por parte do franqueado, atuando nos controles financeiros e contábeis, assim como no controle de operações reorientando para o rumo certo na gestão do negócio.

O franqueado deve estar ciente de que a interdependência mútua no sistema de franquia é uma condição fundamental para o desenvolvimento da rede.O sucesso e o fracasso serão compartilhados pelo franqueado e pelo franqueador.

Risco de ocorrência de falhas no sistema

Ao selecionar uma rede de franquias com um sistema problemático, o franqueado pode fazer mau negócio acarretando problemas operacionais no futuro. Poderá ocorrer o descumprimento de algumas cláusulas do contrato, como atraso na entrega de produtos e equipamentos, deficiência na variedade de produtos, diminuição da rentabilidade prevista e perda de qualidade e/ou pouca inovação nos produtos comercializados.

Os serviços inicialmente garantidos pelo franqueador também podem ser ineficientes ou até mesmo inexistentes.

Localização forçada

Apesar da possibilidade do franqueado de dar sugestões de locais apropriados para a instalação do ponto de venda, o fato do franqueador ter a responsabilidade final pela localização faz com que ele, na maioria dos casos, a determine.

Muitas vezes, mesmo se o franqueado possuir um bom imóvel para a sua instalação, o estudo feito para localização da unidade franqueada pode indicar que o local não é apropriado para o negócio.